O mestre e a margarida
O livro começa com uma conversa entre Mikhail Berlioz, presidente de uma sociedade literária, e o poeta Ivan Bezdomni. Eles discutem um poema anti-religioso de Ivan, no qual ele afirma que Jesus não existiu. Nesse momento, um estrangeiro chamado Woland, professor de magia negra, entra na conversa e afirma que Jesus realmente existiu. Ele então conta a história de Jesus e Pilatos, deixando os dois escritores confusos se isso foi um sonho ou uma revelação.
Woland prevê a morte de Berlioz e o internamento de Ivan em um hospício. Após a morte de Berlioz, Ivan tenta capturar Woland, mas acaba perdido e preso em um hospício, diagnosticado com esquizofrenia. Woland e seu grupo tomam o apartamento de Berlioz, e um diretor de teatro, Likhodeev, é enviado a Ialta após fazer um contrato com Woland para um show de magia negra.
Esse show, realizado no Teatro de Variedades, revela as fraquezas humanas de Moscou, mas é um grande sucesso. Enquanto isso, Ivan conhece um homem chamado Mestre, que escreveu um romance sobre Pilatos. O Mestre revela que, devido à indiferença dos críticos, ele quase destruiu o manuscrito, mas sua amante salvou a obra. Ivan conta sobre Woland, e o Mestre confirma que Woland é, na verdade, o diabo.
Bulgakov começou a escrever o romance em 1928. Esse primeiro manuscrito foi destruído em março de 1930 pelo autor, que o queimou em um forno, quando soube que outro livro seu, de conteúdo cabalístico (Кабала святош), havia sido banido.[2] O trabalho foi recomeçado em 1931, e em 1935 Bulgakov foi a um Festival de Primavera na Embaixada Americana em Moscow, que teria inspirado o baile organizado pelo diabo no livro.[3] A segunda versão foi terminada em 1936, e nesse ponto todas as tramas do romance já existiam. O terceiro rascunho terminou em 1937. O escritor parou de trabalhar na quarta versão em 1940, quatro semanas antes de sua morte. O trabalho foi completado por sua esposa depois da morte do autor em 1940-41.[2][4]
Uma versão censurada (12% do texto fora eliminado e muitas outras partes foram modificadas) foi publicada na revista Moscou (n 11, 1966, e n1, 1967). A versão integral foi distribuída em cópias clandestinas, publicada em samizdat.[5] A primeira versão integral foi publicada em Frankfurt, em 1969, pela editora Posev. Essa versão foi impressa em cores diferentes, que mostravam os trechos removidos da edição Soviética de 1966-67.[5]
Em 1973, a primeira versão integral apareceu na Russia, publicada pela revista grossa[6] Khudozhestvennaya Literatura. Em 1989, a especialista Lidiya Yanovskaya compôs uma nova versão oficial, com base em manuscritos do autor.